Com
o desmoronamento do Muro de Berlin e a Queda da União Soviética, e posteriores
alegações do “Fim da História”, fundamentações baseadas em mudanças materiais no
desenvolvimento do capitalismo e suas nuances filosóficas impregnadas na nova
conjuntura que se apregoava ser de dominação onipresente de uma única superpotência,
os Estados Unidos, como representante máximo da vitória do capitalismo sobre o
comunismo, o Pós Modernismo emerge como a sintetização dos valores construídos
sob os novos aspectos do capitalismo que emergia como dominante em todos
aspectos da reprodução da existência humana.
Introdução do trabalho temporário, técnicas de relações humanas e
equipes de trabalho, resolveram parcialmente o problema. O Capital elaborou
estratégias de resolver à queda da taxa de lucro: a inflação, redução de
salários e utilização de trabalho imigrante (operário-massa multinacional).
A nova divisão internacional do
trabalho constitui uma manifestação do crescente concorrência internacional que
caracteriza o processo de reestruturação do capitalismo. Reestruturar-se
significava tornar-se competitivo. Competitividade passava a ser o motor da
globalização (assim como fora no início do século XX o progresso e após a IIGM
o desenvolvimento) Competitividade significava alcançar maior produtividade.
Maior emprego de tecnologia. Configurava-se a Revolução Científico-Tecnológica
(RCT) fundamental ao processo de globalização. (1)
É criado um impacto sobre a identidade de pertencimento a uma
classe, ao processo de identificar-se
como um sujeito da coletividade, um sujeito que lê o mundo, a conjuntura
à sua volta e dela extrai os significantes de pertencimento, de motivações
coletivas que formarão os anseios pessoais que guiarão a luta coletiva. A Pós Modernidade
como elemento que congrega a gama de
valores.
Muitos que viveram os valores progressistas da esquerda deixam-se
levar por esta nova concepção de mundo, abandonam os valores marxistas e
Materialistas em prol de uma interpretação Idealista de mundo, quando não
Mística.
Para muitos o materialismo torna-se uma mera visão enrugada por
velhice e inabilidade de “dar as ferramentas de leitura de mundo”. Ora, se o
mundo vive sob o capitalismo e sob um novo formato de apresentação das forças
produtivas, mas ainda dentro dos ditames de desenvolvimento ( esperado) do
capitalismo, por que o Materialismo, (
ferramenta mais avançada de compreensão histórica do modo de produção
capitalista ) deixaria de ter o seu valor histórico e filosófico?
A conjuntura de derrota das forças progressistas favoreceu a
todo tipo modismo teórico e fetiche ideológico. Sob diversos pretextos, certas
forças políticas, inclusive alguns companheiros de esquerda, começaram a
questionar a centralidade do trabalho na vida social, o papel dos partidos
políticos como vanguarda dos processos de transformações sociais e políticas, a
atualidade da luta de classes como instrumento de mudança da história e o
próprio socialismo-comunismo como processo que leva à emancipação humana.
(2)
Nasce assim o “Revolucionário Pós Moderno”, um misto de
adequações ao mundo POP, defesa do apartidarismo, e de uma social democracia
cada dia mais parecida com o neoliberalismo. Tem toda a gama de conhecimento
dos pensadores marxistas como boas fontes, mas que já não corresponderiam ao
nosso tempo, que são relíquias da Guerra Fria a serem lidas e de onde poderiam
ser extraídos alguns bons ensinamentos.
Fontes: (1)http://www.historialivre.com/contemporanea/global1.htm
(2)http://pcb.org.br/fdr/index.php?option=com_content&view=article&id=25:os-movimentos-sociais-e-os-processos-revolucionarios-na-america-latina-uma-critica-aos-pos-modernistas&catid=3:temas-em-debate
(2)http://pcb.org.br/fdr/index.php?option=com_content&view=article&id=25:os-movimentos-sociais-e-os-processos-revolucionarios-na-america-latina-uma-critica-aos-pos-modernistas&catid=3:temas-em-debate
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