quarta-feira, 28 de julho de 2010


O PROBLEMA NÃO É A INSURGÊNCIA COLOMBIANA...

ANNCOL


O governo da oligarquia mafiosa colombiana dirigido pelo governo dos EUA, pretende, hoje 24 de julho de 2010, desarmar os guerrilherios colombianos: É exatamente o mesmo que, em 1963, ou seja, há 47 anos atrás, disse Álvaro Gómez Hurtado quando promovia, no chamado Congresso da Colômbia, o bombardeio contra 48 miseráveis camponeses de Marquetalia: "Pela força das armas acabar com as republiquetas independentes que os comunistas têm em Marquetalia, Riochiquito e Guayabero!".

Está o imperialismo gringo e seus lacaios gringo colombianos, hoje 23 de julho de 2010, mais perto de "desarmar" por meio das armas, os camponeses da Colômbia que, há 46 anos, são acusados do delito comunistas? É evidente que não! O conflito social e armado colombiano atual e poderia ter sido resolvido com 47.000 pesos daquele ano e devolvendo aos camponeses daquela região alguns “porcos e aves”, conforme o solicitaram por escrito, atualmente adquiriu uma dimensão e extensão, naquele então inimagináveis, e inclusive ultrapassado fronteiras como o mesmo presidente Chávez e outros vizinhos o estão comprovando.

Na Colômbia, é bem sabido, não foram os explorados e oprimidos que impusseram a forma de luta, foi o Império que a impôs com o seu plano Laso, suas bombas e um exército fantoche como o colombiano. E, pouco depois, diante da impossibilidade de permitir a verdadeira democracia participativa e popular, exterminou a 4.000 quadros de um Partido legal como a União Patriótica.

Além disso, quem transbordou o conflito e o espalhou para além das suas fronteiras? Por acaso foram os camponeses e trabalhadores colombianos que atacaram militarmente as forças armadas dos países vizinhos? Ou, foram as forças armadas USA-colombianas, dentro da sua estratégia regional para exterminá-los e apropriar-se de suas terras com o conto da Carochinha de tirar a água do peixe, os que tentaram por todos os meios “envolver” os exércitos vizinhos obrigando-os a se transformar na bigorna do martelo Impérial colombiano, além de “macartizar” o satanizar como auxiliares e cúmplices dos terroristas a todos aqueles que não aceitam esta humilhante estratégia imperialista, como o próprio comandante Chávez, o povo venezuelano e outros povos irmãos o estão comprovando?

É possível que as guerrilhas colombianas não estejam diante de uma iminente tomada do Poder. Mas também pode se perguntar: Por acaso estão mais longe do que em 1964, quando esses 48 camponeses armados de espingardas e facões, não se propusseram a tomada de nenhum Poder mas, simplesmente, EXERCER O SAGRADO DIREITO À LEGITIMA DEFESA, diante de um extermínio que caiu dos céus na forma de Napalm, agente laranja e fósforo branco, jogados pelos aviões identificados como sendo do US Navy? É evidente que tampouco estejam tão distantes como se supões.

O Estado depende da Colômbia ou “o enclave Imperial gringo”, em sua longa guerra de extermínio contra os trabalhadores da cidade ou do campo, a quem sempre ‘macartizou’ ou acusou de ser comunistas ou terroristas, se bem que tem dado golpes militares às guerrilhas, o que é lógico em qualquer confronto militar, também tem sofrido duros golpes militares e, sobretudo, sofreu um terrível desgaste nacional e internacional que sofreu um desgaste terrível nacional e internacional, que o mantem em grandes dificuldades de todo tipo. Além disso, teve que remover diante todo o Mundo a mascara da legitimidade e legalidade com a qual cobriu-se ou o cubriram os meios de comunicação; devendo recorrer a jogar a última carta do fascismo narcoparamilitar dos Falsos Positivos de Uribe Vélez-Santos, e que hoje a Comunidade Internacional começa a ver horrorizada, na fossa comúm em La Macarena (departamento de El Meta).

E é justamente esta contradição o que os cipaios e seus mestres não querem reconhecer por qualquer meio: Não há conflito e, portanto, a guerrilha convertida numa simples ameaça terrorista não pode tomar o poder, mas tampouco puderam exterminar ou desarmar, por mais que o Padilla de León da vez anuncie todos os dias “o fim dos fins”.

Enquanto existam as bases militares gringas no território colombiano, estas sempre serão utilizadas, como pontas de lança, contra qualquer país vizinho (seja qual for) que tente sair da órbita imperial. Existam guerrilhas na Colômbia ou não. Estejam os guerrilheiros armados ou desarmados.

O problema não é a insurgência colombiana. É o petróleo da Venezuela. A água doce e a biodiversidade da triplice fronteira. A coca e o lítio da Bolívia. Mas, para novamente apropriar-se destes recursos, arrasar com os avanços democráticos e revolucionários na região onde a bolivariana Venezuela é o motor principal.

O conflito social e armado da Colômbia e se transformou em assunto interno da Venezuela e de otros países e, enquanto este exista, será um PRETEXTO do imperialismo para uma agressão, seja esta armada ou desarmada, contra o processo revolucionário, democrático e soberano do bravo povo venezuelano.

Se não houvesse guerrilhas inventariam outra causa ou pretexto. Quando o presidente Theodore Roosevelt disse, ao começaro o século XX, no auge da sua arrogância imperialista: “I took Panamá” e o tomou. Onde estavam as guerrilhas comunistas da Colômbia que lhe servissem de pretexto para justificar a invasão? É necessário citar as inúmeras invasões dos Marines na América Latina, no México, Cuba, Haiti, Nicarágua, Guatemala, quando ainda não existiam as guerrilhas comunistas ou Castro-comunista na Colômbia? Quando em 1945, o governo dos EUA, para impor a sua hegemonia imperialista mundial, jogou as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, na Colômbia ninguém sonhava com guerrilhas de qualquer tipo!

Resumindo: para “reestabelecer” as relações diplomáticas entre os irmãos da Venezuela e Colômbia, seja com Uribe ou Santos, com Vargas Lleras ou Petro ou Mokus, ou com quer que seja o governante da Colômbia, agora ou no futuro, é necessário resolver PREVIAMENTE dois pequenos problemas ou pré-requisitos, que os cipaios e os seus mestres dificilmente vão aceitar:

1- A questão das bases gringas em território colombiano (o contrato espúrio Brownfield-Uribe é inconstitucional). 2 – É indispensável encontrar uma Solução Política ao conflito social e armado colombiano (agora também venezuelano) compatível com os interesses populares e soberanos da República Bolivariana da Venezuela.

A teimosia compulsiva, quiça, em destruir ou desarmar as guerrilhas colombianas atuais, deva-se à previsão que fazem os estrategistas do US Army, sobre o papel que podem ter os guerrilheiros colombianos com sua experiência acumulada na guerra de guerrilhas, diante de uma eventual invasão gringa na Venezuela.

É bom para pensar, não é?

Nenhum comentário:

Postar um comentário