As possibilidades do capitalismo se esgotam, ele entra em
um momento onde a própria produção de mercadorias é uma autodestruição, pois
esgotaram-se todos os limites geográficos civilizatórios do planeta. O
capitalismo vai apresentar mais seguidamente suas crises estruturais como
agora. A exploração do trabalhador vai
ficar mais aguda, o mundo do trabalho vai sofrer com a diminuição de vagas e
precarização das poucas restantes devido ao desenvolvimento irracional das forças
produtivas.
. . . E com tudo isso
terão aqueles ( e os conheço bem ) que vão repetir que existe possibilidades do
capitalismo cair, acabar , devido a uma de suas crises. NÃO, ele não vai cair
de podre, vai se reinventar e reinventar-se de modo cada vez mais limitado por
suas próprias contradições e paradoxos.
...Menos ainda estarão corretos àqueles que dizem haver
ganhos para a classe trabalhadora advindo
de "melhorias" da Social Democracia da estrela vermelha no
poder. Pois a criação de compensações sociais é fruto do próprio movimento
liberal internacional, ( vide FHC, e tantos países europeus, asiáticos e EUA )
até mesmo aqueles países que nunca experimentaram um WELLFARE STATE nos moldes
dos países do centro co capitalismo
vagam em direção a caminhos de compensações, e estas DE MODO ALGUM
ameaçam o capitalismo, pelo contrário, são formas de compensar taxas de lucros
e de exploração do trabalho gigantescas.
Há uma luta de facções representativas do capital por poder, os
discursos são os mesmos. Por isso o senso comum traduzir com a seguinte
afirmação superficial: "todo partido é igual". Isso quebra a noção de
organização das classes trabalhadoras em resistência. E abre caminho para o aglutinamento às voltas de partidos
que apenas dirigem o capitalismo.
O que sobra é o clássico defensor do liberalismo ( direita
clássica ) que sempre vai ter como melhor argumento: "Mas o capitalismo
quando bem implantado ele da certo!" , isso depois de o liberalismo
privatizar todos os meios mais básicos da sobrevivência humana.
Ainda terá o grupo dos que presos a sua individualidade mais
ferrenha estarão fechados a todas estas questões e debates, o que lhes importa
é o agora, e o que à eles ( no entender mais individualista possível ) compete, são os típicos consumidores de
tecnologia não por necessidade, mas para estar "por dentro",
atualizado, o consumidor que transfere cognições e sentimentos ao objeto
consumido, que interliga sua vida à uma necessidade
artificial construída por meio dos contantes martelamentos midiáticos que o
diz: "compre!", "Beba!", "Use", "seja
COOL!". Alguns até mesmo se
organizam, mas ou são militantes a-políticos, que baseados na crença de que o
poder político partidário é uma homogenização de interesses que não lhe insere,
luta somente baseado no poder judiciário. Criam grupos de resistência sem
identificação ideológica e assim, como todo grupo não organizado e com rumos,
se desmancha no ar, uma reivindicação momentânea, tão quando seus desejos de
consumo.
Esperança de mudanças no atual modelo de produtivo e por
consequência de sociedade, somente virá das massas organizadas e com clareza de
objetivo. Somente assim, o povo unido e
fazendo-se representar politicamente, poderá construir uma alternativa de mundo
!
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